Na França, um governo de trabalhadores
Se a Revolução Industrial que começou na Inglaterra determinou uma nova economia mundial, a Revolução Francesa, iniciada em 1789, disseminou entre a classe operária questões políticas e ideológicas a partir dos conceitos de liberdade, igualdade e fraternidade.
Surgem, então, dezenas de movimentos operários reivindicando, além de melhores condições de trabalho, o fim da propriedade privada e a socialização dos meios de produção.
São movimentos violentos, reprimidos também com violência pelos governantes e patrões. Em 1831, os trabalhadores em Lyon pegam as armas e ocupam a cidade, num ambiente de revolta que se espalharia por toda a França e a Europa. É a Primavera dos Povos e o ano, 1848.
Em vários países, os operários pegam em armas contra os regimes das elites. Na França a revolução derruba a monarquia.
Nesse mesmo ano, Karl Marx e Friedrich Engels publicam, em fevereiro, o Manifesto Comunista.
Em 1864, franceses e ingleses realizam congresso para criar uma coordenação de trabalhadores de diferentes países. O encontro acontece em setembro e ficou conhecido como a Primeira Internacional.
A abertura é feita por Marx, que avisa: “A emancipação da classe trabalhadora deve ser feita por ela mesma”.
Em 1871, os operários de Paris tomam o poder e decretam a Comuna, constituindo o primeiro governo dos trabalhadores da História.
Do programa da Comuna constava: terra aos camponeses, instrumento de produção aos operários e trabalho para todos. A Comuna é esmagada cem dias depois, 30 mil operários são fuzilados e outros milhares deportados.