Mais cinco escândalos no currículo de Alckmin
1) Verba da Nossa Caixa para deputados aliados
2) R$ 1,2 bilhão em compras irregulares
3) 400 vestidos novos de presente para dona Lu
4) Estatal paga R$ 60 mil a acupunturista particular
5) 400 fornos comprados irregularmente
Justiça investiga chuva de escândalos
O banho de ética anunciado por Alckmin torna-se uma ducha de água fria com os inúmeros escândalos que surgiram nos últimos dias contra o ex-governador.
O procurador-geral de Justiça do Estado, Rodrigo Pinho, quer saber ainda se a mulher do ex-governador, Lu Alckmin, também agiu ilegalmente. O casal Alckmin responde a cinco denúncias, por enquanto.
Lista – O ex-governador é acusado de uso irregular de recursos de mais de R$ 30 milhões da Nossa Caixa para publicidade e na compra ilegal de computadores por R$ 1,2 bilhão, além da utilização de R$ 60 mil do Estado para pagamento de um acupunturista.
Sua mulher, Lu Alckmin, é acusada por ter recebido 400 vestidos “de presente”, cada um avaliado em R$ 5 mil. O valor total das peças é R$ 2 milhões.
A ex-primeira-dama também é acusada de ter comprado irregularmente 400 fornos por R$ 500 mil. A soma envolvida em todos os escândalos chega a R$ 2 bilhões.
Como o procedimento é criminal, o procurador adiantou que o tucano poderá ser chamado a depor.
Alckmin respondeu que nada tem a esconder. Só que, através da maioria que possui na Assembléia Legislativa, impediu a instalação de uma CPI para investigar os casos.
A oposição promete nova tentativa, enquanto Lu Alckmin nega o recebimento dos vestidos e seu marido confirma. O costureiro também.
Propaganda em troca de apoio na Assembléia
Alckmin é acusado de usar dinheiro da Nossa Caixa para fazer propaganda do banco em veículos de comunicação indicados por deputados estaduais. Em troca, tinha apoio dos parlamentares que lhe garantiam maioria na Assembléia.
Ao mesmo tempo era elogiado nos rádios, jornais, revistas e tevês beneficiados. Entre outros, receberam contratos a Rede Vida de Televisão, a revista Primeira Leitura (do PSDB), a Rede Aleluia de Rádio. A editora responsável pelos 120 mil jornais mensais da Caixa apresentava notas fiscais com endereço de uma oficina mecânica.
As ordens para liberação de verbas vinham do seu assessor de Comunicação, Roger Ferreira. Com a demissão do assessor, Alckmin considerou o caso encerrado e impediu a CPI. Ferreira atuou nas campanhas de FHC e Serra.
Também na Caixa, o tucano é investigado por 14 contratos de informatização do banco, no total de R$ 1,2 bilhão, suspeitos de superfaturamento.
Outra investigação é causada pela estatal Cia. de Transmissão de Energia Elétrica Paulista, que pagou R$ 60 mil ao acumputurista de Alckmin por um “tratamento”.