Servidores: Mais um dia de paralisação em S. Bernardo

Os servidores públicos de São Bernardo retomaram a mobilização por aumento salarial ontem com um novo dia de paralisação.

Pela manhã, eles se concentraram na Câmara de Vereadores para exigir a intermediação da bancada de sustentação do prefeito, já que a administração se recusa a negociar com o sindicato da categoria. Foi a terceira grande manifestação dos servidores nas últimas semanas.

Além da truculência no trato com o funcionalismo, o prefeito mobilizou um grande efetivo da guarda municipal e da PM para acompanhar a manifestação.

Outra bronca dos servidores é a tentativa desesperada do prefeito em desqualificar o movimento. A administração distribuiu cartas à população, especialmente aos pais de alunos, afirmando que os professores “ganham muito bem”.

“Além de desqualificar o trabalhador, a administração desqualifica o serviço público”, protestou Luiz Paulice,  secretário-geral do Sindicato dos Servidores de São Bernardo.

Os trabalhadores passaram a tarde de ontem distribuindo panfletos em pontos da cidade para desmentir a carta do prefeito e apresentar as reivindicações dos servidores à população.

Eles estão há mais de 10 anos sem acordo coletivo e grande parte das faixas salariais tem até 80% de perdas.

Na capital, nove dias de greve

Os professores da rede municipal de ensino de São Paulo completam hoje nove dias de paralisação pelo mesmo problema de seus colegas de São Bernardo: descaso da administração.

Até o momento, a Prefeitura não apresentou nenhuma proposta à pauta de reivindicações entregue no início de março. Há mais de dez anos eles não têm aumento real de salários. Um professor com nível médio, em início de carreira, ganha R$ 509,00.