Mais direitos com a CLT. Ditadura controla Sindicatos.
A partir de 1937, Getúlio amplia a legislação trabalhista e cria a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Ela concede salário mínimo, auxílio-natalidade, salário-família, licença para gestante, descanso semanal remunerado e estabilidade no emprego após dez anos.
A CLT, no entanto, deixa de fora os trabalhadores rurais e não é fiscalizada com rigor. Na maior parte das vezes, as leis não são cumpridas.
Getúlio aproveita para criar o imposto sindical e extinguir o direito de greve, aumentar o controle e fiscalização sobre os sindicatos. Surgem os pelegos, dirigentes a serviço do governo.
Em 1945 acaba a Segunda Guerra e Getúlio cai, deposto pelos militares. O novo governo persegue duramente os trabalhadores, milhares de sindicatos são desmantelados e o Partido Comunista, então na vanguarda das lutas operárias, é colocado na ilegalidade.
Nas eleições municipais de 1947, o marceneiro e sindicalista Armando Mazzo é eleito prefeito da cidade de Santo André.
Pela primeira vez no País, um trabalhador ganha as eleições para prefeito. Como o PCB estava na ilegalidade, ele concorre pelo PST.
Mas em uma puxada de tapete das elites, a Justiça Eleitoral declara nula a eleição de Mazzo e de outros 13 vereadores comunistas eleitos na cidade. Nesse ano, o governo federal intervém em mais de 100 sindicatos.
Vargas volta ao poder em 1950 e em seu segundo mandato enfrenta um forte movimento por sindicatos livres.
Com o aumento da carestia, os trabalhadores cruzam os braços por aumento salarial e, em 1954, Getúlio anuncia a duplicação do salário mínimo.
A pressão dos trabalhadores aumenta. As elites levam Getúlio Vargas ao suicídio em agosto desse ano, sendo substituído por Café Filho (1954-55), que cria o imposto na fonte sobre a renda do assalariado.