Sindicatos retomam a luta nos anos 80
Os anos da década de 80 são de crescentes mobilizações da sociedade pela redemocratização do Brasil. O general Figueiredo havia assumido a Presidência em 1979 com a tarefa de controlar o processo de abertura política.
A partir do ABC as greves se espalham pelo País e cerca de 3 milhões de trabalhadores cruzam os braços em 15 Estados.
Economia e democracia – As greves são por salários. Mas, por desafiarem a legislação da ditadura militar, elas ganham uma dimensão maior e são inseridas na luta pela volta do Estado de Direito.
Em 1980, os canavieiros de Pernambuco se reorganizam e iniciam movimento grevista que se alastra para outros Estados nordestinos, envolvendo cerca de 500 mil camponeses.
Grupos paramilitares ligados à linha dura das Forças Armadas boicotam a abertura política promovendo vários sequestros e atentados a bomba.
Liberdade – Nova crise do petróleo deteriora a política econômica e o ano termina com inflação de 110%.
Em julho de 1981, mais de mil delegados participam da primeira Conclat – Conferência Nacional das Classes Trabalhadoras, quando é formada uma comissão pró-CUT – Central Única dos Trabalhadores. Foi a primeira reunião aberta de trabalhadores de diferentes categorias após o golpe militar.
É um ano de recessão e as greves que acontecem são contra as demissões e pela estabilidade no emprego. A crise econômica aumenta. A repressão e o terrorismo de direita também.
Greve geral – O 1º de Maio de 1982 pede o fim da Lei de Segurança Nacional, liberdade e autonomia sindicais, liberdades democráticas e reforma agrária.
Em 1983 o movimento sindical ousa fazer uma paralisação nacional, e mais de 1,5 milhões de pessoas aderem à greve geral do dia 2 de julho.