Um 1º de Maio para se comemorar

Mais um 1º de Maio vem chegando e, este ano, os trabalhadores brasileiros têm bons motivos para comemorar. É claro que os protestos ocorrerão e a luta por melhores salários e condições de trabalho não pode parar.

Mas, depois de vivenciar anos e anos de arrocho salarial e de precarização de direitos, finalmente o Brasil tem boas notícias a dar à classe operária.

Reforma sindical

Ainda que a reforma sindical não tenha o andamento esperado, ao menos o governo Lula teve a coragem de colocar essa importante questão na ordem do dia, reunindo trabalhadores e empresários na elaboração de uma proposta consensual sobre um novo modelo de sindicalismo. O Congresso Nacional precisa, agora, deixar de produzir crises e trabalhar para que essas reformas aconteçam.

Reforma trabalhista

Nunca deveremos esquecer que a reforma trabalhista que o governo FHC pretendia fazer se limitava a modificar o artigo 618 da CLT, para permitir que o negociado pudesse prevalecer sobre o legislado, o que levaria a uma desregulamentação total de direitos, dada à fragilidade dos sindicatos. Foi Lula quem impediu esse golpe e tratou de propor um espaço adequado de discussão sobre temas relevantes para o trabalho, sem permitir a precarização.

A recuperação do mínimo

Mas, a melhor notícia deste ano é, sem dúvida, a recuperação do poder de compra do salário mínimo. Segundo a Constituição, o salário mínimo nacional deveria atender às necessidades básicas de moradia, alimentação, educação, saúde, lazer e transporte para o trabalhador e sua família.

O salário mínimo jamais conseguiu dar cumprimento a essa regra, mas o valor de 350 reais, alcançado neste ano, representa o maior valor real em muitos anos.