Assédio Moral. Caminhos e descaminhos

A Dra. Margarida Barreto, em palestra na última quinta-feira, dia 27 de abril no nosso Sindicato, falou do assédio moral no trabalho e das suas consequências para a vida e a saúde dos trabalhadores. Algumas lições ajudarão no nosso debate sobre o tema.

Visibilidade é fundamental

Como um dos principais mecanismos de combate ao assédio, a visibilidade do problema é fundamental para dar conhecimento aos companheiros de trabalho e também à sociedade do que está ocorrendo dentro da fábrica.

Levar ao conhecimento da maior quantidade possível de pessoas as violências praticadas no âmbito do trabalho é uma forma eficaz de inibir a prática do assédio por aqueles que se acham protegidos pela organização empresarial.

Caminhos abertos

A partir da visibilidade das situações de assédio, muitos caminhos podem ser trilhados. Aí podemos atuar tanto na busca de mecanismos que interrompam ou dificultem a continuidade das agressões, quanto na reparação dos danos causados pelo assédio e até mesmo na denúncia pública e penalização dos culpados, incluindose aí a organização do trabalho, como campo de responsabilidade da empresa e, portanto, a co-responsabilidade destas e não apenas a do agressor.

Nosso próprio caminho

Nossa história de lutas e conquistas nos leva a refletir de forma madura e responsável sobre o papel fundamental do nosso Sindicato.

Aí poderemos fazer uso da força organizativa dos trabalhadores, na priorização das ações sindicais preventivas, na intervenção, negociação e contratação da organização do trabalho, de modo a democratizar as relações e dar transparência às regras de convivência nos ambientes de trabalho.

Tudo isso, logicamente, sem abrir mão do nosso papel de ajudar na preservação dos direitos individuais dos trabalhadores quando nossas ações coletivas forem insuficientes.

Departamento de Saúde do Trabalhador e Meio Ambiente