Trabalhadores na Volks fazem novo protesto
A distribuição de 300 mil panfletos nos pontos centrais das regiões onde a montadora tem fábricas marcou mais um protesto dos companheiros na Volks.
Uma panfletagem nas regiões de quatro das cinco cidades onde a Volks tem fábrica marcou ontem um novo dia de protesto dos trabalhadores na montadora contra o plano de reestruturação, que prevê 5.773 demissões e um forte ataque aos direitos trabalhistas.
Volkswagen marca gol contra o povo brasileiro é o título do panfleto que denuncia os prejuízos econômicos e sociais que as medidas anunciadas pela Volks irão provocar nas economias locais e em todo o setor produtivo.
“A população foi muito receptiva e mostrou apoio à luta dos companheiros na Volks, pois percebeu que o problema não afeta só a eles, mas tem consequências em muitas outras categorias”, disse o presidente do Sindicato José Lopez Feijóo, que passou o início da manhã de ontem distribuindo o panfleto na estação Sé do Metrô, no Centro da Capital.
O Comitê Nacional dos Trabalhadores na Volks imprimiu 300 mil cópias que foram distribuídas nos terminais de trens de Santo André e Mauá, nos terminais de trólebus de São Bernardo e Diadema, e nas principais estações do Metrô paulistano. Também houve panfletagem em Taubaté, São Carlos e em São José dos Pinhais. “Foi positivo esse contato com a população, que também se sente afetada”, avaliou Valdir Dias Freire, o Chalita, coordenador da Comissão de Fábrica em São Bernardo.
Prejuízo e Copa – O texto do panfleto informa que as demissões devem retirar da economia cerca de R$ 262 milhões por ano em salários em São Bernardo, Taubaté e São José do Pinhas. Além disso, lembra que cada emprego na montadora representa o emprego de 47 trabalhadores em outros 27 setores que formam a cadeia produtiva.
Outra bronca dos trabalhadores mostrada no panfleto foi a decisão arbitrária da Volks de não liberar o pessoal para o jogo da seleção brasileira ontem.