Projeto Brasil: Sociedade mobilizada para continuar mudando o Brasil

Com manifestações nas principais capitais brasileiras, os movimentos sociais organizados lançaram ontem o Projeto Brasil, com reivindicações para garantir a continuidade das mudanças que o País precisa. O presidente eleito da CUT, Artur Henrique da Silva, enfatiza que uma das prioridades da Central é convencer a sociedade da importância da mobilização e da pressão para que o poder público atenda essas reivindicações. 

“Pelo Brasil que a gente quer”

Milhares de pessoas realizaram ontem mobilizações nas principais capitais do País para divulgar à população o Projeto Brasil, que é uma plataforma de reivindicações a ser entregue ao governo Lula.

Em São Paulo, o ato reuniu cerca de mil pessoas na Praça da Sé, depois de caminhada a partir da Praça Ramos de Azevedo.

Várias entidades participaram das manifestações, entre elas a CUT, Movimento Sem-Terra, Confederação Nacional dos Bispos do Brasil, União Nacional dos Estudantes e Grito dos Excluídos.

“As manifestações são o início de um processo de discussão com a sociedade de propostas do Brasil que a gente quer”, disse o novo presidente da CUT, Artur Henrique. Ele explicou que uma das prioridades da CUT é articular com os movimentos sociais mobilizações para pressionar o poder público pelo atendimento das reivindicações populares.

Em Curitiba, o ato aconteceu na Boca Maldita e pediu a anulação do leilão da Vale do Rio Doce.

Em Florianópolis aconteceram apresentações culturais e panfletagem. Em Goiânia foi realizado debate sobre o Projeto Brasil e em Fortaleza houve ato na Praça do Ferreira.

As principais reivindicações

Mudanças na política econômica, com metas de crescimento e investimentos e foco na produção e no emprego.

Política industrial que prepare o País para atuar em segmentos de ponta, com valorização dos centros de produção de conhecimento científico e tecnológico.

Contra a corrupção, pela ética e transparência na gestão pública.

Liberdade política para os movimentos sociais, criação de mecanismos de participação popular e controle público das decisões governamentais.

Política de distribuição de renda e uma Previdência que contemple os trabalhadores rurais, as domésticas e donas de casa.

Reforma agrária ampla, valorização da agricultura familiar e garantia dos direitos dos quilombolas e indígenas.

Fortalecimento do Mercosul e maior integração sul-americana.