Teste do pezinho completa 30 anos
Desenvolvido pelo brasileiro Benjamin José Schmidt, exame pode evitar o surgimento de várias doenças
Pouca gente sabe, mas o chamado teste do pezinho – feito nas maternidades com a coleta de algumas gotas de sangue do calcanhar do recém-nascido – permite diagnosticar doenças que, se não tratadas a partir do primeiro mês de vida, podem levar ao retardo mental irreversível.
Menos gente ainda imagina que este teste, hoje obrigatório em todo o território nacional e na maioria dos países desenvolvidos, foi uma das grandes contribuições de um brasileiro à pediatria, o médico Benjamin José Schmidt.
Ao completar 30 anos no Brasil, a iniciativa mereceu reconhecimento internacional e conquistou prêmio da Associação Internacional da Triagem Neonatal. “O prêmio representa a dedicação de uma carreira em busca de conhecimento para tornar a vida do ser humano melhor”, afirma Sima Schmidt, esposa do médico.
Inicialmente, o teste do pezinho permitiu a identificação de uma deficiência na metabolização de vários alimentos e no leite materno, o que pode levar à deficiência mental.
Com o tempo, o teste foi sendo aperfeiçoado para detectar outras doenças, como o hipotireoidismo congênito, que faz com que a tireóide não produza hormônios suficientes para o desenvolvimento do cérebro; a anemia falciforme, que provoca alterações nos glóbulos vermelhos do sangue, e a fibrose cística, que causa problemas respiratórios.