Pressão total por salário e data-base
Mesmo com cláusulas sociais resolvidas, a mobilização nas fábricas dos grupos 9 e 10 tem de ser eficiente, senão o patrão não enfia a mão no bolso. As pautas de reivindicações foram entregues ontem.
“Somente nossa luta vai garantir uma boa conquista”
Ao entregar ontem a pauta de reivindicações da campanha salarial dos companheiros nas fábricas dos grupos 9 e 10, o presidente da Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT (FEM-CUT), Adi dos Santos Lima, mandou um aviso alertando para a mobilização na base.
“Se os trabalhadores amolecerem porque não temos cláusulas sociais nas negociações, o resultado da campanha não será bom”, disse.
Adi lembrou que será preciso muita luta para fazer o patrão enfiar a mão no bolso, mesmo com o País em desenvolvimento econômico, aumento de vendas e continuidade do crescimento.
“Todos os setores estão muito bem, com aumento de produção. Temos condições de conseguir reposição total da inflação, aumento real e redução de três para um os pisos salariais nos dois grupos”, comentou.
O presidente da FEM-CUT lembrou que, com a retomada do crescimento econômico, os metalúrgicos conquistaram aumento real nos últimos três anos.”O crescimento continua, mas se não mostrarmos nossa disposição de luta os patrões só vão dizer não”, comentou Adi.
Mudança de data-base – Para igualar os acordos coletivos, os metalúrgicos reivindicam mudança da data-base para setembro. Atualmente, a data-base no Grupo 9 é agosto e no Grupo 10 é novembro.
Ao todo são 110 mil trabalhadores envolvidos na campanha em todo o Estado. Aqui no ABC estão cerca de 30 mil companheiros em empresas dos dois grupos.
Os trabalhadores serão avisados das datas de negociações e o Sindicato vai continuar realizando assembléias informativas sobre a campanha salarial.