Ataques do PCC – Verba federal não chegou porque o governador de São Paulo não pediu

O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, afirmou que os R$ 100 milhões prometidos pelo governo federal a São Paulo não chegaram aos cofres paulistas porque o governo do Estado não encaminhou os documentos necessários.

“A verba só não foi entregue porque ninguém pediu”, destacou Thomaz Bastos. “Logo que os documentos estiverem em Brasília, o dinheiro irá para São Paulo”, acrescentou.

O governo Federal ofereceu a verba depois da segunda onda de ataques do PCC no Estado, em junho. O governador Cláudio Lembo (PFL) aceitou e prometeu aplicar o dinheiro na reforma de presídios do interior de São Paulo e em inteligência.

Só que nem Lembo nem o secretário de Segurança do Estado, Saulo de Castro, se mexeram para trazer o dinheiro. Tentando esconder sua incompetência, Saulo acusou o governo federal de mentir ao prometer o dinheiro.

Thomaz Bastos respondeu, sem mencionar o nome do secretário: “Existem pessoas que tentam politizar a questão em vez de cuidar do bem estar do povo. Se as autoridades mostram interesse, o dinheiro sai logo. No Rio Grande do Sul, as verbas para a segurança foram liberadas em duas semanas devido à agilidade do governo gaúcho. O mesmo podia ter acontecido em São Paulo”.

Lula: “O secretário deveria reconhecer as falhas”

O presidente Lula disse ontem que o secretário de Segurança de São Paulo, Saulo de Castro, deveria ser mais humilde e reconhecer que houve falha no sistema prisional de SãoPaulo.

“Ele deveria ser mais sensato na hora de abrir a boca e, ao invés de acusar, deveria tentar evitar que essas coisas acontecessem”, disse ele.

Lula comentou que o povo paulista não merece o que está acontecendo. “O povo não pode ficar vendo bate-boca pelo rádio, jornais e televisão”, falou ele, classificando de mau-caratismo o uso eleitoreiro desses ataques do PCC.

Lula voltou a colocar à disposição a Polícia Federal, Força de Segurança Nacional e as Forças Armadas. “Não podemos permitir que meia dúzia de bandidos coloque a população de São Paulo em pânico”, concluiu.