Grupo 9: Assembléia rejeita proposta
Por unanimidade, os trabalhadores nas empresas do grupo 9 rejeitaram
ontem proposta de acordo feita pelos patrões e decidiram
iniciar movimento de pressão pela retomada das
negociações.
“Eles não atenderam as nossas principais
reivindicações em relação
ao percentual de reajuste e à redução
das faixas dos pisos salariais”, disse o diretor do Sindicato
José Paulo Nogueira.
O dirigente comentou que os protestos vão começar
na próxima semana, pois os trabalhadores têm
pressa.”Este é o mês da data-base e o
adiantamento deve ser calculado em cima do novo
salário”, comentou.
Para Zé Paulo, não existe
explicação para a resistência dos
patrões em fazer um acordo para atender o que a categoria
reivindica.
“No governo FHC os patrões argumentavam que a
recessão impedia o atendimento das nossas
reivindicações. Mas agora não, as
fábricas do setor estão com
produção alta e eles não têm
mais argumentos”, completou.
Zé Paulo disse que os trabalhadores dessas empresas devem
estar preparados para atender chamamento do Sindicato a qualquer
momento a partir da próxima semana, pois a campanha
já está definida nos outros grupos, com
exceção do grupo 10, que continua calado.
“Vamos centrar fogo nas empresas do grupo 9. Se os
patrões só entendem a linguagem do lucro, vamos
parar a produção para avançarmos nas
conquistas”, concluiu Zé Paulo.