Pessoal no G 9 conquista aumento real
Em assembléia realizada ontem à noite na Sede do
Sindicato, em São Bernardo, os metalúrgicos que
trabalham nas empresas do Grupo 9 no ABC aprovaram a proposta negociada
pela Federação Estadual dos
Metalúrgicos da CUT (FEM-CUT) após
várias rodadas de discussões com a bancada
patronal.
Os companheiros nas empresas fabricantes de
eletroeletrônicos, máquinas e bens de capital
conquistaram um reajuste salarial de 5%.
O percentual está dividido em 2,87% relativos ao INPC, que
determina a inflação dos últimos 12
meses. Os 2,07% restantes são de aumento real.
O reajuste total é aplicado para quem recebe até
R$ 3.450,00. Acima desse valor será pago um fixo de R$
172,50.
Pisos reajustados – Outra conquista dos companheiros
do G 9 foi o reajuste nos pisos. As empresas com até 50
trabalhadores terão o piso elevado para R$ 594,00; nas
empresas com mais de 51 trabalhadores o piso vai para R$ 635,80; e nas
empresas com mais de 500 trabalhadores o piso será de R$
708,40.
O presidente da FEM-CUT, Adi dos Santos Lima, afirmou que a proposta
atende a reivindicação da categoria porque chega
ao mesmo patamar dos demais grupos. “Não
aceitaríamos que fosse diferente em razão do bom
momento que as empresas deste setor atravessam no Brasil”,
ressaltou o dirigente.
A FEM-CUT representa 65 mil metalúrgicos nas
indústrias do Grupo 9 no Estado. Cerca de 46% desses
trabalhadores – estão mais de 30 mil companheiros – na
região do ABC.

Reajustes são os melhores em 10 anos
Os trabalhadores brasileiros conquistaram aumento real em 82% dos
acordos salariais negociados no primeiro semestre de 2006.
O resultado é muito superior que o alcançado nos
primeiros seis meses do ano passado, quando 67% dos brasileiros tiveram
ganhos acima da inflação.
Foram os melhores acordos obtidos nas campanhas salariais desde 1996,
ano em que o Dieese começou a pesquisar os reajustes
alcançados no País.
Perdas zeradas – Os números de 2006
são ainda melhores se considerar que 96% dos acordos
conseguiram repor as perdas salariais. Isto é, apenas 4% dos
acordos fechados de janeiro a junho desse ano não zeraram o
INPC.
No mesmo período de 2005, este percentual foi de 15%.
“O desempenho favorável das
negociações é reflexo da
inflação em queda, do crescimento da economia e
da ação dos sindicatos”, avaliou
José Silvestre, supervisor do Dieese em São Paulo.
Ele acredita que a tendência deve se manter no segundo
semestre diante da expectativa que o País cresça
entre 3,5% e 4% e a inflação continue em queda.
Aumentos significativos – Ademir Figueiredo, um dos
coordenadores do Dieese, considerou os aumentos significativos.
“Quando se considera que 70% dos trabalhadores ganham
até dois salários mínimos, conquistar
5% de reajuste é expressivo”, explicou
Figueiredo.
12% de aumento real nas últimas campanhas
“A conquista dos trabalhadores nas empresas do Grupo 9
é extremamente positiva porque agora este setor
também acompanha a tendência verificada nestes
quatro anos de governo Lula, quando os metalúrgicos do ABC
alcançaram reposição da
inflaç&