Pedágios subiram 133% em São Paulo

Má notícia para quem viaja. Desde 1988, quando
Covas e Alckmin, do PSDB, privatizaram as maiores estradas paulistas, o
pedágio aumentou 133%. No mesmo período, os
salários tiveram reajuste de 79%. A notícia
provocou revolta. Pesquisa revelou que 77% dos motoristas considera os
reajustes altos ou muito altos.

Apesar do preço excessivo, as empresas têm a cara
de pau de dizer que não lucram com os 80 postos de
pedágio que exploram. Ao contrário, afirmam que
não ganham, mas perdem dinheiro com o negócio.

O economista Miguel de Oliveira explica que a diferença
acontece porque os pedágios são reajustados pelo
IGP-M e os salários pelo INPC. Segundo ele, a
diferença só será corrigida se o
governo de São Paulo rever os contratos de
privatização para mudar os índices de
reajuste.

Mas, o governo do Estado nem quer ouvir falar disso. O
secretário de Transportes, Dario Rais Lopes, prefere sugerir
um absurdo. Ele quer diminuir os impostos das empresas para que elas,
por vontade própria, abaixem os preços.

Tudo tem cheiro de maracutaia. Tanto que a
arrecadação e os lucros obtidos pelas
concessionárias das estradas são mantidos em
segredo pelas empresas e pelo governo estadual.

Só para lembrar, em 2002, pouco antes de ser reeleito,
Alckmin garantiu que eliminaria vários dos 33
pedágios situados em rodovias de pista simples. Como as
demais promessas do ex-governador em benefício da
população, ele mentiu e só um
pedágio foi fechado.