Conferência da ONU: Lula pede fim da fome e globalização da justiça
Ao abrir ontem a 61ª Assembléia Geral das Nações Unidas, o presidente Lula disse que falta vontade política da comunidade internacional para acabar com a fome no mundo e alcançar outras metas de desenvolvimento definidas pela própria ONU.
O presidente afirmou que a fome gera violência e fanatismo, e que ninguém está seguro num mundo de injustiças.
“Só haverá segurança no mundo se todos tiverem direito ao desenvolvimento econômico e social. Se não quisermos globalizar a guerra, é preciso globalizar a justiça”, afirmou Lula.
Ele disse que seu governo tem se empenhado para resolver o problema da fome no Brasil combinando estabilidade econômica com políticas de inclusão social. “Para nós, recurso na área social não é gasto, é investimento”, comentou.
Para Lula, a luta contra a fome passa por uma ordem mundial que tenha o desenvolvimento social em primeiro plano.
Ele voltou a pedir uma política econômica internacional mais justa, com o o fim das barreiras econômicas e dos subsídios agrícolas promovido pelos países ricos.
O presidente brasileiro lembrou que a eficiência da ONU está sendo questionada e que os confrontos no Líbano expuseram a dificuldade da entidade em lidar com os conflitos internacionais.
No final ele pediu mudanças na ONU, com a inclusão do Brasil, Índia, Japão e Alemanha no Conselho de Segurança. “Isso tornaria o órgão mais democrático, legítimo e mais representativo”, concluiu Lula.