Direitos Humanos: Banco de DNA identificará desaparecidos
Os familiares de mortos e desaparecidos políticos brasileiros durante a ditadura militar ganharam mais um instrumento na busca de seus parentes com a criação do banco de dados genéticos que permitirá comparar DNA com o de ossadas não identificadas.
O ministro Paulo Vanuchi, da Secretaria Especial dos Direitos Humanos, afirmou que essa era uma das dívidas do Estado para com as famílias dos desaparecidos. “Falta ainda completar um processo, do ponto de vista humanitário extremamente importante, que é a localização de mais de cem dos mortos no regime militar”.
De acordo com Marco Antonio Barbosa, presidente da Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos Políticos, o projeto do banco genético foi aprovado e assumido pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), que fez a licitação do laboratório e arcará com os custos.
Ao aguardar a sua vez de doar sangue, o ex-diretor do Sindicato Saulo Garlipe, de 57 anos, disse esperar notícias de sua irmã Luíza Augusta Garlipe, desaparecida no Araguaia nos anos 70, e outras medidas do Estado, como a abertura de arquivos. Ele se referia a documentos federais ainda guardados e sem acesso livre.