Os jovens no mercado de trabalho
Tiago tem 22 anos e há muito tempo está desempregado. Para sustentar sua família, esposa e dois filhos, faz bico apanhando materiais recicláveis pelas ruas da cidade. Sonha em ter um emprego decente, com carteira assinada que lhe proporcione uma vida com mais qualidade. Jonas tem 23 anos e está terminando seu curso de graduação. Pretende continuar os estudos, mas antes precisa conseguir um emprego. Sabe que apesar de sua formação escolar não será uma tarefa fácil.
Tiago e Jonas são personagens fictícios, mas que representam bem a realidade brasileira. Num contexto de um elevado excedente de mão-de-obra, os jovens em idade de trabalhar constituem um dos segmentos mais frágeis na disputa por um posto de trabalho e para quem o problema do desemprego é mais latente. Só no Estado de São Paulo, da população economicamente ativa de jovens, 29% estão desempregados, de acordo com a PED (Pesquisa de Emprego e Desemprego) de 2005, realizada pelo Dieese/Seade.
Resposta – Para enfrentar estes desafios, o governo federal instituiu no ano passado, por meio de medida provisória, a Política Nacional da Juventude, já aprovada no Congresso e transformada em lei. De uma só vez, o Presidente criou o Conselho Nacional de Juventude, a Secretaria Nacional de Juventude e o Programa Nacional de Inclusão de Jovens (ProJovem). Só o ProJovem, que tem como objetivo elevar a escolaridade e garantir a qualificação profissional de jovens que vivem em situação de vulnerabilidade social, já tem mais de 100 mil alunos matriculados em todo o País.
A pesquisa do Dieese/Seade comprova que embora os números ainda sejam altos, o desemprego entre os jovens começa a diminuir. É entendimento de todos que para se pensar no futuro do Brasil é necessário olhar os jovens no presente, apostando no seu potencial e na sua capacidade de contribuir. Só assim será possível construir uma nação forte e digna.
Subseções Dieese do Sindicato e da CUT Nacional