Novas políticas sociais derrubam oligarquias
Uma das mais significativas notícias destas eleições foi a queda de oligarquias que há anos dominavam áreas inteiras do Brasil. Isto ocorreu com ACM, na Bahia, Tasso Jereissati, no Ceará, e outros. O jeito deles fazerem política perpetuava a pobreza.
A queda de oligarquias que há anos dominavam áreas inteiras do Brasil foi uma das mais significativas notícias destas eleições. Coronéis como ACM, na Bahia, e Tasso Jereissati, no Ceará, mandavam em regiões onde populações pobres e sem perspectivas de vida eram obrigadas a votar em quem eles mandassem. Era esse mecanismo que mantinha as oligarquias no poder há séculos, pois perpetuava as indústrias da seca e da fome, por exemplo.
Novo olhar
Não foi por acidente que as oligarquias foram derrubadas. Ao transformar o combate à fome em política de Estado, desenvolvendo programas como o das cisternas no semi árido e o bolsa-família, o governo Lula criou as condições sócio-econômicas para a independência do povo de uma dominação secular.
Nesta nova condição, os eleitores deixaram de trocar o voto por favores ou um prato de comida distribuídos pelos coronéis. Eles ganharam independência para escolher em quem votar.
Ética é governar para todos
A queda dessas oligarquias não é um mistério, como diz a imprensa, mas resultado de um grande trabalho que por mais de três anos buscou o resgate da dignidade do povo que vive nas regiões mais pobres do país e que reconheceu este trabalho votando maciçamente em Lula.
Hoje eles sabem que para comer e beber não precisam dos coronéis. Isto sim é ética: promover a cidadania e enfrentar a fome.
Os caciques que dançaram
A lista dos coronéis que caíram é grande. Entre eles, os mais expressivos são Antônio Carlos Magalhães, do PFL, que perdeu 50 anos de reinado na Bahia. Tasso Jereissati, do PSDB, foi obrigado a abandonar quase 30 anos de coronelismo no Estado do Ceará.
Já o ex-presidente da Câmara, Severino Cavalcanti, não se reelegeu deputado em Pernambuco; Delfim Netto, ex-ministro da ditadura, dançou em São Paulo; Amazonino Mendes e Gilberto Mestrinho terminaram com 40 anos de coronelismo no Amazonas.
Augusto Farias, irmão de PC Farias e o mais poderoso coronel de Alagoas, perdeu as eleições.