Organização sindical preserva salário e conquistas
A cláusula na convenção coletiva que garantiu abono de R$ 786,00 aos
trabalhadores nas montadoras mostra que a organização sindical mantém e até
aumenta o poder de compra dos salários.
“As pesquisas mostram que as categorias com organização efetiva a partir dos
locais de trabalho conseguem avanços nos salários e nas condições de trabalho”,
comenta Rafael Marques, secretário-geral do Sindicato.
A mesma cláusula de segurança está presente em outras convenções dos demais
setores e determina que um reajuste maior em outra base será repassado aos
metalúrgicos do ABC.
Amplitude – É da organização, salienta o dirigente, que a
categoria também se beneficia de novas lutas colocadas na agenda sindical. Como
exemplo, Rafael lembra que os metalúrgicos do ABC realizaram com sucesso a
campanha pelo não pagamento de tarifas bancárias. A isenção da tarifa aliviou o
bolso dos metalúrgicos em até um salário mínimo cada ano. “Essa campanha foi uma
novidade na luta dos trabalhadores e nos dá a dimensão da amplitude da ação
sindical”, disse Rafael, apontando ainda os acordos de empréstimo com desconto
em folha a juros menores. “São dois casos que a luta salta o espaço da fábrica e
vai buscar novos direitos aos trabalhadores”, frisa.
Nossa categoria também já incorporou a realização de manifestações, nos
segundos semestres, pela correção da tabela do Imposto de Renda, impedindo o
aumento da mordida do Leão.
Mais organização – Rafael Marques credita essas novas
tarefas incorporadas pelo Sindicato à criação dos Comitês Sindicais. “Foi a
força dos metalúrgicos a responsável por mostrar ao País essa nova forma de
organização, o que fortalece os trabalhadores nos locais de trabalho”.
“Conquistamos 12% de aumento real em quatro anos graças ao nosso grau de
organização e mobilização”, comentou ele. “Notamos que neste ano assinamos mais
acordos de PLR que em anos anteriores e com valores mais altos”, prosseguiu.
Rafael lembra que por causa destas inovações a nossa categoria tem um dos
mais altos percentuais de sindicalização, o que demonstra a confiança do
metalúrgico na entidade. “É essa força que nos faz avançar na luta”, concluiu
ele.
Sindicato forte e categoria organizada
Salários
– 12% de aumento real em quatro
anos.
– Número e valor de PLRs são maiores que em 2005.
Renda do trabalhador
– 8% de correção na tabela
do IR.
– Isenção da tarifa bancária para 51.500 metalúrgicos. São R$ 14,2
milhões que ficam no bolso dos trabalhadores todo ano.
– Acordos para
empréstimo com desconto em folha (crédito consignado) que cobrem 85% da
categoria.
Valorização da renda
– Convênio com o Senai para
cursos profissionalizantes gratuitos.
– Descontos de 5% a 25% em escolas
técnicas, colégios e faculdades.
– 1.600 serviços entre médicos, dentistas,
hospitais, laboratórios e consultórios com 50% de desconto.