Bancários resistem a pressão e entram no 6º dia de greve

A greve nacional dos bancários chega hoje ao sexto dia sem perspectiva de negociação e com a categoria enfrentando uma forte pressão dos bancos privados. Assembléias ontem à noite decidiram pela continuidade do movimento.

A paralisação sofreu um pequeno refluxo tanto em São Paulo como no ABC. Mesmo assim, os sindicatos afirmam que o movimento continua forte. No ABC, cerca de 120 agências estiveram fechadas e 2.900 trabalhadores parados.

Em São Paulo, foram cerca de 35 mil bancários que paralisaram as atividades em 416 locais de trabalho.

A redução no número de bancários parados é vista como normal pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo. “A segunda-feira é um recomeço. Os bancários passam todo o fim de semana recebendo ligações, sendo pressionados pelas gerências e muitos acabam cedendo”, disse o presidente do sindicato, Luiz Cláudio Marcolino, para quem a adesão à greve volta a aumentar. “Sem proposta, a greve continua”, avalia.

A categoria negociava ontem questões específicas do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal. Já a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) não confirmou nova rodada de negociação.