A disputa nos Estados
A coligação do presidente Lula recuperou terreno na corrida por alianças e manifestações de apoio. O presidente e o candidato tucano estão empatados nos Estados onde começa a ficar mais clara a tendência de resultado no segundo turno das eleições para governador. Antes da realização do primeiro turno, o cenário estava mais favorável à oposição.
Rio – O presidente garantiu seu palanque no Rio de Janeiro com o peemedebista Sérgio Cabral. Ele tem 56% das intenções de voto segundo a última pesquisa Ibope, superando a candidata do PPS, Denise Frossard, com 32%.
Pernambuco – Lula levou a melhor também em Pernambuco, onde seu ex-ministro de Ciência e Tecnologia, Eduardo Campos (PSB), absorve boa parte dos dados ao petista Humberto Costa. Campos tem atualmente 56% das intenções de voto contra 36% do rival Mendonça Filho (PFL).
Paraná – No Paraná, Roberto Requião (PMDB), aliado de Lula, tem uma leve vantagem em relação ao rival do PDT, Osmar Dias. Há um empate técnico, já que os dois candidatos obtiveram 46% e 45% das intenções de voto.
Sul – Alckmin, teve seu palanque fortalecido no Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Segundo o Ibope, no Rio Grande a tucana Yeda Crusius tem 63% dos voto e o ex-ministro Olívio Dutra (PT) tem 29%.
Em Santa Catarina, o tucano tem o apoio de Luiz Henrique (PMDB). Ele tem 52% das intenções de voto e o candidato do PP, Esperidião Amin, 38%.
Sem pesquisa – Lula e Alckmin ainda têm chance de fortalecer seu palanque nos demais cinco Estados onde haverá segundo turno e nos quais o Ibope ainda não realizou pesquisas.
Dados coletados antes do primeiro turno, mostram o PSDB favorito na Paraíba, o PFL no Maranhão e o PMDB no Rio Grande do Norte e em Goiás. No Pará, os dados apontavam empate entre os candidatos do PT e do PSDB.
Poder dos ruralistas se mantém no Congresso
Levantamento feito pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) concluiu que o poderoso grupo que representa os interesses dos fazendeiros no Congresso Nacional, a chamada bancada ruralista, continuará forte na próxima legislatura.
Segundo o Diap, que é mantido pelos sindicatos de trabalhadores, “a bancada ruralista, uma das mais eficientes do Congresso, diminuiu um pouco, mas não perderá a capacidade de atuação coesa”. A bancada elegeu 95 deputados e senadores contra os 111 atuais.
Para o Diap, integra a bancada ruralista quem, mesmo não sendo proprietário rural ou da área de agronegócios, assume sem constrangimento a defesa do setor em plenário, nas comissões e em entrevistas à imprensa.
Os 95 integrantes da bancada ruralista pertencem a nove diferentes partidos: PMDB, PFL, PP, PTB, PSDB, PL, PPS, PSB e PCdoB.
Bancada da reforma agrária
O levantamento não inclui congressistas identificados com os pequenos agricultores e a agricultura familiar, embora as causas desse segmento sejam às vezes incorporadas pela bancada ruralista.
O Diap entende que esse grupo se opõe às teses ruralistas, marcando sua ação pela reforma agrária e a defesa dos assentados da área rural.
Diferentemente da bancada do empresariado rural, observa o Diap, esse núcleo de par