Marcha a Brasília

7,7% na tabela do Imposto de Renda, Salário mínimo a R$ 420,00 e 40 horas semanais. Esta é a pauta de reivindicações que a CUT levará ao governo e ao Congresso Nacional no próximo dia 6 de dezembro.

A CUT definiu ontem com as demais centrais sindicais a pauta da Marcha a Brasília, que será realizada dia 6 de dezembro.

Antes dessa data, os sindicalistas organizarão atos estaduais para informar a população e preparar os trabalhadores sobre a Marcha.

O movimento vai reivindicar do governo e do Congresso Nacional aumento de 20% no salário mínimo, que passaria de R$ 350,00 para R$ 420,00 no próximo ano; correção de 7,7% na tabela do Imposto de Renda, para zerar a inflação dos quatro anos de governo Lula; e redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais.

O presidente da CUT, Artur Henrique, acredita que é possível alcançar os objetivos da Marcha porque as reivindicações contribuem para o desenvolvimento do País. “Está provado que ao aumentar a renda do brasileiro, a economia cresce e se desenvolve por causa do aumento do consumo e da produção”, garante.

Para o dirigente, o impacto do reajuste no mínimo nas contas das prefeituras e da Previdência são compensados pelo crescimento da atividade econômica. “São quase 30 milhões de pessoas que recebem o mínimo, entre aposentados e assalariados, que comprariam e consumiriam mais”, destaca Artur.

Ontem, os senadores e deputados da Comissão Mista Especial de Salário Mínimo aprovaram o envio de um projeto de lei que aumenta o mínimo para R$ 400 a partir de março, antecipando em um mês o reajuste que neste ano saiu em abril.

Já a Comissão de Orçamento vai analisar projeção do governo de que o mínimo deverá subir para R$ 375,00 no próximo ano, uma alta de 7,14%.