Acordo põe fim à marmita
Trabalhadores em sete metalúrgicas de Diadema passarão a receber refeições prontas e poderão aposentar as marmitas. É o que estabelece acordo negociado pelo Sindicato.
Cerca de 1.000 trabalhadores em sete metalúrgicas em Diadema, que ainda hoje se alimentam por meio das velhas marmitas, passarão a ter refeições prontas em seus locais de trabalho. Batizado como fim da marmita, o projeto se torna realidade a partir de janeiro.
A idéia nasceu há muito tempo. Ao notar que em grande parte das pequenas fábricas os companheiros dependiam da alimentação pela marmita, o Sindicato pensou numa maneira de oferecer refeições coletivas aos trabalhadores, envolvendo o poder público e o Sesi. A iniciativa não avançou. Então o Sindicato passou a negociar diretamente com um grupo de empresas.
Destas negociações surgiu um acordo que estabelece que as fábricas irão comprar coletivamente as refeições. A escolha da empresa que vai oferecer o serviço acontecerá nesta sexta-feira, em reunião na Regional Diadema.
“Faz tempo que debatíamos com as empresas a necessidade de acabar com a marmita”, disse o diretor do Sindicato José Mourão.
Como forma de baratear o preço, a saída foi fazer a compra coletiva das refeições, reunindo empresas da mesma região, o que também agiliza o transporte.
O valor da refeição será rateado, com as empresas arcando com a parte maior.
Zé Mourão disse que o fim da marmita vai aumentar o bem estar do trabalhador. “Levar a marmita até o trabalho é um grande incômodo”, lembrou.
Ele acredita que esse acordo vai chamar a atenção de outras empresas para fazer o mesmo.
O coordenador da Regional Diadema, Helio Honorato, o Helinho, disse que vai levar a proposta do fim da marmita ao pólo metal-mecânico da cidade.
“Nosso argumento é que o custo é pequeno em relação ao grande benefício que acarreta ao trabalhador”, afirmou Helinho.