Emprego com registro em carteira é o maior desde 2002
Dois dos principais indicadores de emprego, o Caged e a pesquisa IBGE, mostram que a abertura de vagas com registro em carteira segue em expansão no País. A renda do trabalhador também cresceu.
Mercado formal é o maior desde 2002
A criação de empregos com registro em carteira segue em expansão no Brasil conforme mostram dois dos principais indicadores sobre emprego e renda.
Um deles é o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho, um registro mensal feito com informações das próprias empresas, mostrando que em outubro foram criados 129.795 postos formais de trabalho.
Trata-se de um aumento de 9,8% em comparação ao mesmo mês do ano passado. Segundo o ministro Luiz Marinho, neste ano foram gerados 1.513.600 empregos formais. Existem no País 27,5 milhões de trabalhadores com carteira assinada.
Já a Pesquisa Mensal do IBGE, feita nas seis principais regiões metropolitanas, aponta crescimento de 6,7% na taxa de emprego, na relação outubro 2005 e outubro 2006.
Cimar Azeredo, pesquisador do IBGE, afirma que o mercado de trabalho nunca foi tão formal desde março de 2002.
Ele disse que é de 41,5% o percentual de trabalhadores com carteira assinada. Em outubro do ano passado, por exemplo, o percentual era de 40,1%.
Azeredo atribui a elevação no número trabalhadores com carteira assinada ao aumento do rendimento e contratações em setores mais formalizados, como a indústria. “Isso pode resultar de um cenário econômico mais favorável, o que permite as empresas contratarem com carteira”, disse.
Comércio e indústria – O comércio foi o setor que puxou as contratações com mais intensidade, um sinal de que já admite mão de obra para o final de ano. Depois veio a indústria, também em função das encomendas para o Natal.
Desemprego cai – A taxa de desemprego apurada pelo IBGE, em outubro, foi de 9,8%, pouco abaixo dos 10% registrados em setembro.
Rendimento também sobe
O rendimento médio dos trabalhadores, conforme a pesquisa do IBGE, foi de R$ 1.029,10.
O valor indica um crescimento de 4,2% em relação ao mês de outubro do ano passado, que era de R$ 988,20.
Cimar Azeredo atribui esse aumento ao crescimento da formalidade no mercado de trabalho, ao reajuste do salário mínimo e ao controle da inflação.