As dificuldades na educação
Na semana passada todos nós vimos no noticiário os problemas com as faltas dos professores na rede pública de ensino. Muita gente se apressou em condenar os profissionais da educação.
Na verdade, é fácil culpar os professores pela deficiência no ensino. Sabemos, porém, que o problema é muito maior. O que falta é uma política pública voltada para a educação.
Nas escolas estaduais falta de tudo, desde infraestrutura até salário decente para os professores. Vemos nos prédios das escolas o descaso com a manutenção, paredes descascadas, janelas emperradas e com os vidros quebrados, lousas danificadas e as carteiras, então, nem se fala.
No ensino médio os alunos não ganham livros do Estado, o que dificulta, e muito, o trabalho dos professores e compromete o aprendizado dos alunos, pois, principalmente na periferia, eles não têm condições de comprar os livros e as escolas não possuem máquinas copiadoras, sendo toda a matéria passada em lousa.
Jornada
Outro problema é a falta de uma política de valorização dos professores. Por um lado não há investimento em cursos de atualização e, por outro, não há remuneração decente que valorize seu empenho e seu trabalho. Por isso existe tanta deficiência de professores formados nas áreas de especialização.
Como o exercício da docência é extremamente estressante, o professor deveria trabalhar menos horas para não sofrer tanto com o desgaste e os abalos emocionais inerentes à profissão. Para sobreviver, os professores têm de ter jornadas duplas e até triplas, o que é uma loucura.
Os alunos do período noturno normalmente enfrentam dificuldades, pois trabalham durante o dia e chegam na escola já cansados e, muitas vezes, com sono.
São por esses e tantos outros problemas que temos que pressionar nossos governantes a investirem em políticas educacionais.
Departamento de Formação