Sem projeto, a elite começa a atacar PAC
O Programa de Aceleração do Crescimento coloca o Estado como o grande estimulador da economia. Os agiotas da especulação financeira, aqueles que defendem a liberdade total do mercado na economia, não gostaram. O Programa já tem os primeiros contratos de investimento.
O PAC, Programa de Aceleração do Crescimento, é o novo alvo escolhido pelas elites para atacar o governo federal. Basta acompanhar as críticas sem fundamento feitas diariamente ao plano pelos meios de comunicação (leia abaixo).
O motivo dos ataques é simples. O PAC mudou a orientação da economia brasileira e tirou de cena o livre-mercado, onde os empresários neoliberais fazem o que bem entendem.
No lugar do livre mercado, o PAC trouxe de volta o Estado na definição da economia. Como as elites não aceitam perder a liberdade total de atuar, partem para a agressão. Mas, desta vez o governo federal se preveniu e inovou.
O plano envolve empresários ligados à produção, deixando fora os especuladores. São eles que chiam.
“A idéia do PAC é que o setor público atrai investimentos privados, ao contrário de afastá-los”, diz o economista Ricardo Carneiro, da Unicamp. “A retomada do papel do Estado se dá no planejamento, na definição das prioridades e na articulação entre os setores público e privado”, completa.
Quando o governo define colocar R$ 287 bilhões nos próximos quatro anos como investimento no PAC, ele espera que esse dinheiro estimule a área privada a investir outros R$ 217 bilhões. Carneiro aprova esse tipo de estratégia.
“O empresariado busca lucro e isto acontece quando o Estado lhe dá segurança, estimulando áreas que aumentem a procura por produtos e serviços. O papel do Estado passa a ser fundamental para atrair investimentos”, diz o economista.
Ele destaca que, desta forma, o dinheiro que hoje é colocado na especulação financeira é atraído para investimentos produtivos. E são esses investimentos que trazem crescimento econômico com a geração de empregos.
Imprensa continua guerra contra o governo
Os meios de comunicação descarregaram nos últimos dias matérias sobre uma revolta de governadores ou recuos do governo federal com relação ao PAC. Nenhum dos dois fatos ocorreu.
Houve, novamente, a tradicional campanha de guerra contra o presidente.
Ao anunciar o plano, Lula deixou bem claro que não se tratava um programa fechado.
Ao contrário, estava e está aberto a sugestões e alterações.
Foi com esse espírito que o ministro Tarso Genro se reuniu com 12 governadores de Estado.
Em entrevista ao jornalista Paulo Henrique Amorim, o ministro revelou que todos estudaram propostas e obras que se encaixem ou possam ser encaixadas no PAC.
Genro afirmou que o encontro ocorreu em um clima civilizado e ameno, bem diferente do clima de guerra que a imprensa procurou pintar.
Na verdade, os governadores estão apertados pelas suas promessas de campanha e foram em busca de obras para apresentar a seus eleitores.
Por isso, Lula deve liberar, em breve, ao menos quatro dos 12 pedidos apresentados pelos governadores. Sem guerras nem recuos como quer a imprensa.
Primeiros contratos são assinados
Os primeiros contratos de investimento no âmbito do PAC começam a sair do papel. O presidente Lula assinou ontem em Suape, Pernambuco, os contratos para a construção de 10 navios da Transpetro, empresa de transporte da Petrobras.
Os 10 petroleiros serão os primeiros do total de 26 novos navios previs