PAC terá impacto positivo para o setor metalúrgico

As medidas para a aceleração do crescimento trarão um impacto muito positivo para a indústria metalúrgica. Principalmente os investimentos em infra-estrutura com os cortes de impostos para alguns setores, que terão forte influência para a abertura de novos empregos.

O  secretário de organização da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM-CUT), Valter Sanches, considera que o ramo já vem crescendo a taxas bem superiores às do conjunto da economia e da indústria como um todo nos últimos quatro anos.

Em termos de produção, ele cita o setor automotivo com uma expansão média de 11% ao ano, entre 2003 a 2006.

O emprego cresceu em média 5,8% no mesmo período, enquanto os sindicatos de metalúrgicos da CUT conquistaram aumentos reais de até 16%.

“Com tal crescimento, todos os setores do ramo se encontram com mais de 80% de utilização da capacidade. Ao se manter ou acelerar o ritmo de crescimento, a tendência é que mais empresas invistam em ampliação, novas fábricas ou implantação de novos turnos de trabalho, com contratação de mão-de-obra”, ressalta Sanches.

No entanto, ele adverte que uma das preocupações dos sindicatos devem ser as contrapartidas que as empresas beneficiadas pelo PAC devem oferecer. “Não basta só os empregos. Eles devem ser de qualidade, com carteira assinada, respeito às convenções, direitos e liberdade à organização sindical”, enfatiza o dirigente.

As medidas que nos afetam positivamente

1. Corte de impostos
• Setor eletroeletrônico: redução a zero das alíquotas de IPI, PIS/Cofins e CIDE sobre a fabricação de semicondutores, microcomputadores e TV Digital.
• Setor siderúrgico: redução a zero do IPI sobre a fabricação de perfis de aço (básico para a construção civil).

2. Investimentos em infra-estrutura logística e de transportes
• Setores automotivo, naval, material ferroviário e de bens de capital (equipamentos e máquinas): R$ 58 bilhões em rodovias, ferrovias, portos, aeroportos, hidrovias e marinha mercante.

3. Investimentos em Energia e Combustíveis
• Setor de bens de capital: R$ 275 bilhões em geração e transmissão de energia, petróleo, gás e combustíveis renováveis.

Palestra e debate esclarecem plano

Na reunião da diretoria plena do Sindicato que acontece amanhã, o técnico do Dieese, Fausto Augusto Júnior, e o membro da CUT no Conselho do FGTS, André Luiz de Souza, fazem uma apresentação, esclarecem dúvidas e debatem as medidas do PAC.

O encontro é aberto a todos. A reunião será na Sede, em São Bernardo, e começa às 9 horas.