Alerta: Linha amarela do Metrô está condenada
Sindicato dos Metroviários pede embargo de toda a obra. Novo relatório denuncia risco de desabamento na estação Fradique Coutinho na mesma proporção da estação Pinheiros, onde morreram sete pessoas.
O Jornal Nacional teve acesso, e revelou na terça-feira, documento interno da construtora do Metrô que aponta o risco de “acidente de proporções imprevisíveis” nas obras da estação Fradique Coutinho, que fica na linha 4-amarela, a mesma onde um desabamento na estação Pinheiros matou sete pessoas.
Ontem, o Metrô tentou desacreditar o relatório dizendo que os problemas relatados não são graves. Para o presidente do Sindicato dos Metroviários, Flávio Godoi, a posição do Metrô é irresponsável e o risco existe.
“A nova denúncia veio se juntar a outras feitas com relação a várias estações na linha 4-amarela como Butantã, Morumbi e Mackenzie e só reforça nossa posição”, afirmou ele.
Os Metroviários insistem que as obras deste trecho sejam paralisadas para a realização de uma fiscalização independente, que verifique se a construção é realmente segura para os trabalhadores e a população.
O sindicalista criticou duramente a posição do Metrô em dizer que não existem problemas. “Eles falaram que em Pinheiros também estava tudo bem e aconteceu o que todo o mundo sabe”, disse. “Os problemas da linha 4 não estão apenas em um ou outro lugar, mas em toda a sua extensão”, prosseguiu o presidente dos Metroviários. “Por isso queremos o embargo de toda a obra”.
Godoi defendeu ainda que a retomada da construção deve ocorrer no modelo antigo, quando todo o corpo técnico do Metrô podia vistoriar a construção. Isso mudou quando Alckmin foi governador e fechou um novo contrato, que permite apenas a própria construtora fiscalizar as obras – ele deixou a raposa tomando conta do galinheiro.