Os custos da violência
Na semana passada, um crime bárbaro acontecido no Rio de Janeiro gerou revolta, tristeza e desesperança à população. Poucos problemas sociais mobilizam tanto a opinião pública quanto a criminalidade e a violência. Isto acontece porque estes problemas afetam toda a sociedade, indiferente à classe, raça, credo, sexo ou estado civil.
A violência custa caro para o Brasil e para o indivíduo. Segundo o Ministério da Justiça, os custos são definidos como diretos e indiretos. Os diretos dizem respeito aos bens e serviços públicos e privados gastos no tratamento dos efeitos da violência e prevenção da criminalidade no sistema de justiça criminal, no encarceramento, nos serviços médicos, nos serviços sociais e na proteção do patrimônio. Os custos indiretos são as perdas de investimentos, bens e serviços que deixam de ser captados e produzidos devido a criminalidade e o envolvimento das pessoas (agressores e vítimas) nestas atividades.
A violência gera ainda custos sociais que transformam a vida dos indivíduos e sua relação com o próximo. As pessoas mudam seus hábitos diários para reduzir o risco. Deixam de sair de casa, de visitar parentes ou mesmo vizinhos, de freqüentar cursos noturnos, de trocar gentilezas com seus semelhantes, reduzindo sua qualidade de vida.
Todos perdem com a violência. Porém, a maior e mais difícil perda é aquela representada pela morte prematura e pelas incapacitações permanentes de pessoas queridas e cidadãos brasileiros. Estes custos são difíceis de se estimar: o valor da vida das vítimas; da dor e do sofrimento humano que a violência representa.
Subseções Dieese do Sindicato e CUT Nacional