Thyssen quer importar 600 chineses
O Ministério do Trabalho ainda aguarda o pedido formal da siderúrgica ThyssenKrupp para a contratação de 600 trabalhadores chineses, a maioria engenheiros, para a instalação de uma nova usina no Rio de Janeiro.
A diretoria da Thyssen, detentora de 90% do projeto de construção da Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), contatou a embaixada do Brasil em Pequim para comunicar a negociação com a estatal chinesa Citic, parceira na operação. Isso não significa que a vinda já esteja aprovada.
Antes da validação dos vistos terá de haver autorização do Conselho Nacional de Imigração, formado por nove ministérios, sindicatos e federações empresariais e ligado ao Ministério do Trabalho. Para trabalhar no Brasil, estrangeiros devem receber vistos de trabalho temporários, com validade de até dois anos.
Inaceitável
A Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM-CUT) protestou contra a intenção da Thyssen de trazer os 600 trabalhadores. “Não podemos aceitar as alegações de que as vagas não podem ser ocupadas por trabalhadores brasileiros”, protestou Carlos Alberto Grana, presidente da CNM-CUT. “Isso não existe nos países onde são realizados investimentos brasileiros”, completou.
Agora, a Confederação vai interceder junto ao Ministério do Trabalho para que não sejam dados vistos a trabalhadores estrangeiros para esta obra. Ao mesmo tempo, quer conversar com a matriz da Thyssen, através do IG Metall, o sindicato dos Metalúrgicos da Alemanha, e com a Vale do Rio Doce, parceira brasileira do projeto.