Movimentos sociais: Ato pede libertação de professor
Várias entidades de direitos humanos e movimentos sociais realizam ato público amanhã pela libertação do professor universitário Marcelo Buzetto, dirigente do Movimento Sem Terra preso ilegalmente na cadeia de São Miguel Paulista, na capital.
Buzetto foi acusado de participar do roubo de três caminhões de macarrão e carnes na cidade de Porto Feliz, em 1999, quando visitava o acampamento Nova Canudos, em São Paulo.
Ele foi preso no dia 19 de janeiro quando compareceu ao Fórum. Buzetto estava cumprindo pena de 6 anos e 4 meses em liberdade, já que não havia vaga no regime semi-aberto.
Criminalização
O advogado Aton Fon disse que a prisão é ilegal. “Não podem prendê-lo porque a condenação ainda está sujeita a julgamento de alguns recursos no Supremo Tribunal Federal, que pode absolvê-lo”, disse.
Buzetto é professor na Metodista de São Bernardo e na Fundação Santo André e corre o risco de perder os empregos.
A manifestação de amanhã também vai denunciar a prisão de Benedito Ismael Alves Cardoso, o Magrão, também militante do MST.
Em 2005, ele foi condenado por participar de manifestação política pela reforma agrária. Magrão já cumpriu um terço da pena e tem direito ao regime aberto.
Além disso, ele está irregularmente em cadeia destinada às pessoas que cumprem pena ou aguardam sentença.
Ato Fon, advogado da Rede Social de Justiça e Direitos Humanos, disse que as prisões de Buzetto e Magrão são políticas e pretendem criminalizar os movimentos sociais no Brasil.