A mídia tem lado: O PIB é melhor do que fazem parecer

Nos debates que seguem a divulgação do PIB (Produto Interno Bruto), as elites e seus meios de comunicação comparam o crescimento do Brasil com países que obtiveram melhores resultados. O objetivo da manobra é claro. Tentar desmoralizar o governo Lula.

Só não falam é que, exceto a China, a maior parte das comparações é feita com nações pequenas, cujo aumento no PIB representa muito pouco na economia mundial, ao contrário do Brasil.

Quando se compara o crescimento do PIB brasileiro com o de grandes países, a situação muda. Em 2006, o Brasil cresceu mais que a França, Japão, Alemanha e Grã Bretanha.

Todos estes países fazem parte do G-8, o grupo das nações mais ricas do mundo e que, sozinhas, detém 70% das riquezas do planeta. Estão fora da classificação a China, que cresceu 10%, e a Rússia, com 6%.

Crescimento e distribuição – Existe outro dado escondido pelas elites. Com a valorização do real e a expansão de 2,9% da economia, o PIB brasileiro cresceu 20% em dólar no ano passado, segundo dados do banco Goldman Sachs, em Londres, um dos mais respeitados do mundo.

De R$ 1,6 trilhão em 2005, a economia brasileira atingiu R$ 1,9 trilhão no ano passado, diz o banco, abrindo a distância que separa o país de outros emergentes, como o México e a Coréia do Sul.

Esses dois com crescimento maior de PIB pelas contas tradicionais.

Segundo o banco, desde o início do governo Lula o Brasil dobrou o tamanho de sua economia em dólares, e se mantém à frente de Índia e Rússia e teve um desempenho melhor que a Coréia do Sul.

Outro dado importante para o PIB brasileiro é o peso do consumo das famílias, que cresce com mais vigor. Dados do IBGE confirmam que o consumo das famílias brasileiras cresceu 3,8% em 2006.

Ou seja, ao contrário de anos anteriores, o crescimento agora é dividido entre uma parcela muito maior da população.