PAC trará benefício de R$ 6,5 bilhões ao ABC
Obras em logística, energia, saneamento e habitação previstas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para a região vão gerar um novo ciclo de desenvolvimento no ABC.
Estas obras terão investimentos de R$ 6,5 bilhões nos próximos quatro anos. Desse total, R$ 3,7 bilhões serão usados na ampliação da capacidade energética e readequação e modernização da malha de dutos do Pólo Petroquímico. Depois vem o trecho sul do Rodoanel, a segunda obra a levar a maior fatia, com R$ 1,2 bilhão.
Do restante dos recursos do PAC no ABC, R$ 624 milhões vão para recuperação e ampliação da malha ferroviária, o chamado Ferroanel, e R$ 1 bilhão em saneamento e habitação.
“O ABC se desenvolveu sob um modelo de industrialização que chegou aqui nos anos 50. Depois disso, nada mais foi feito. O PAC representa uma nova fase para o desenvolvimeto da região, tão importante quanto aquela de 50 anos atrás”, salientou o gerente executivo da Fundação ABC, Antonio Nelso Ribeiro, um dos conferencistas do seminário Impactos do PAC no ABC realizado na última sexta-feira em São Bernardo.
Participação – É dele a idéia de criar um grupo de acompanhamento do PAC na região, um grupo que estabeleceria uma relação direta do ABC com o governo federal.
O presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia (PT), alertou a necessidade de união de setores da sociedade civil para pressionar a Câmara pela implantação do PAC.
“É importante que a sociedade pressione os deputados para que eles se atentem à importância do Plano de Aceleração do Crescimento”, afirmou o presidente da Câmara Federal.
Das nove medidas provisórias do PAC no Congresso, cinco foram votadas e há o risco das demais começarem a obstruir as votações.
“Para ultrapassar essas barreiras, é preciso pressão da sociedade sobre o Congresso. Regionalizar a discussão do PAC é importante, pois gera mais pressão”, avaliou Chinaglia.
Participação dá transparência
O ministro da Previdência, Luiz Marinho, disse que diante da importância econômica e social do Programa, o grupo de acompanhamento do PAC será um instrumento para garantir vez e voz à região na discussão do que é prioridade.
“O grupo envolverá a população no debate sobre desenvolvimento, o que vai garantir ainda mais transparência ao Programa”, disse.
“Essa participação será fundamental para a retomada do planejamento estratégico da região”, avaliou o pró-reitor da Universidade Federal do ABC, Jeroen Klink.