O Plano de Desenvolvimento da Educação
Lançado no mês passado, o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) ainda é pouco conhecido, embora tenha tido boa receptividade na sociedade. Noticiários na televisão e até nos jornais e revistas, que se especializaram em criticar o governo Lula, fizeram comentários positivos do plano, mas discretos.
Não é possível nesta coluna fazer uma abordagem mais complexa do PDE, mas vale a pena resgatar alguns de seus elementos centrais. Trata-se de uma proposta abrangente, prevendo ações em todas as fases do ensino formal, das creches até a pós-graduação, atingindo os mais diversos atores, de alunos e docentes a diretores.
Do começo
Seu eixo central de ação está voltado para a educação fundamental. Faz sentido, já que os problemas do ensino no País começam, e se agravam, a partir da fase de alfabetização. O Ministério da Educação vai procurar os prefeitos dos mil municípios com pior pontuação no Índice de Desenvolvimento da Educação Brasileira (Ideb) e propor-lhes um pacote de mudanças. A adesão é voluntária e os municípios que aderirem receberão assistência técnica, equipamentos e recursos financeiros.
Valorização
Além de avaliar a eficácia das escolas na alfabetização, serão premiadas com mais verbas as unidades de melhor desempenho. O Ministério deverá ainda definir um piso salarial nacional para o magistério, em torno de R$ 800,00. Cada professor será vinculado a uma universidade, onde deverá se submeter a atualizações trienais.
Essas são algumas das iniciativas contidas no plano. Se implementado, poderá sanar velhos problemas e transformar a educação numa alavanca, de fato, para o desenvolvimento.
Departamento de Formação