A cultura do excesso

Durante anos a humanidade
varreu para
debaixo do tapete uma
questão de extrema importância:
o lixo. Lixo é
todo e qualquer resíduo
proveniente das atividades
humanas ou geradas
pela natureza em aglomerações
urbanas. Comumente,
é aquilo que ninguém
quer, que não serve
mais, sem valor. O problema
é que nem tudo que vai
para o lixo atualmente se
enquadra nesta situação,
daí a produção mundial
de lixo ter crescido de
modo tão assustador.

Desde o plano Real,
os brasileiros passaram a
consumir e a descartar
mais. Diariamente, cada
brasileiro produz em média
500g de lixo, podendo
chegar a um quilo dependendo
do poder aquisitivo
e do local onde
vive. No total, o Brasil
produz cerca de 230 mil
toneladas de lixo por dia,
que têm como destino
mais comum os chamados
lixões. Em aproximadamente
70% das cidades
brasileiras os resíduos
ainda são jogados neste
destino final.

Os lixões têm colaborado
muito para o agravamento
do efeito estufa, já
que a partir da decomposição
de matéria orgânica
produzem o gás Metano,
cerca de 20 vezes mais nocivo
que o gás carbônico e
que normalmente não é
aproveitado, perdendo-se
na atmosfera. Uma reflexão
sobre o problema pode
se iniciar, por exemplo,
com a observação do lixo
que cada um produz nas
atividades cotidianas.

Cada coisa utilizada
no dia-a-dia, desde o celular
até uma mera refeição,
consome recursos e
gera resíduos. O impacto
na natureza pode ser
mais ou menos maléfico
de acordo com o volume
consumido e do grau de
poluição dos subprodutos
resultantes. Neste momento
devemos decidir o
que é mais importante.
Reduzir o padrão de consumo
de produtos supérfluos,
gerando menos resíduos,
pode ser um bom
começo.

Subseções Dieese do
Sindicato e da CUT Nacional