No 1º de Maio, CUT pede desenvolvimento e proteção aos direitos
A defesa dos trabalhadores
contra a ameaça de retirada
de direitos e as mobilizações
contra a emenda 3 foram os
principais assuntos do ato realizado
pela CUT, em São Paulo,
em comemoração ao 1º de
Maio, Dia do Trabalhador.
Milhares de pessoas participaram
da concentração
que teve como tema Desenvolvimento
econômico com distribuição
de renda, valorização
do trabalho e defesa do
meio ambiente. A manifestação
contou também com dirigentes
da CGTB (Central
Geral dos Trabalhadores do
Brasil), de representantes de
sindicatos, federações e confederações,
parlamentares, lideranças
políticas e de movimentos
sociais, além de artistas
populares como Bruno e
Marrone, Zeca Pagodinho e
Zé Geraldo, entre outros.
“1º de Maio é dia de
apontar o desenvolvimento
econômico que queremos”,
afirmou Artur Henrique, presidente
da CUT.
“Nossa luta é pela valorização
do trabalho e pelo
desenvolvimento, com ampliação
de direitos que traga
a inclusão e não a exclusão”,
exigiu o presidente da CUT.
“Estamos sofrendo ataques de
várias frentes com a tentativa
de retirada de direitos, mas
não aceitamos essa idéia de
flexibilização. FHC fez isso e
acabou com milhares de empregos”,
afirmou Artur.
“Em São Paulo, temos
assistido José Serra atacar os
direitos dos trabalhadores.
Por isso, vamos mandar uma
grande vaia ao governador”,
disse Artur, que teve o pedido
atendido pelos presentes.
Missa – O ministro Luiz Marinho
representou o presidente Lula
na Missa do Trabalhador, na
Matriz de São Bernardo. Foi a
primeira vez que Lula não participou
da celebração em seus
27 anos de existência. O presidente
não pôde vir devido a
compromissos em Brasília.
Manifestações em todo o mundo
Atos, protestos, passeatas,
confrontos entre militantes
de tendências opostas e repressão
policial.
Houve um pouco de
tudo pelo mundo na última
terça-feira durante as comemorações
do 1º de Maio.
Em Istambul, na Turquia,
a polícia enfrentou com
bombas de gás lacrimogêneo
e jatos d’água grupos de manifestantes.
Cerca de 700
pessoas foram presas.
Milhares de trabalhadores
marcharam pelas ruas de
Teerã, capital do Irã, reivindicando
melhores condições
de vida e foram dispersados
pelo batalhão de choque. A
polícia de Israel fez a mesma
coisa e conteve violentamente
centenas de ativistas palestinos
em Jerusalém.
Na Alemanha, a policia
prendeu 119 pessoas durante
a madrugada em uma série
de incidentes em Berlim,
capital do país.
Em Praga, capital da
República Tcheca, a polícia
prendeu dezenas de pessoas
durante confusões entre manifestantes
de extrema direita
e extrema esquerda. Na cidade
de Brno foi dispersada
manifestação de 500 militantes
também de direita.
Na Itália, cerca de 100
mil pessoas desfilaram pelas
ruas de Turim para denunciar
os acidentes de trabalho
que deixam mais de 1.200
mortos e 20 mil feridos anualmente
naquele país.
Sob vigilância policial,
milhares de russos tomaram
as ruas de diversas cidades do
país em passeatas convocadas
por sindicatos das mais diferentes
tendências: pró governo,
comunistas e partidos de
oposição.
Na Tailândia, 10 mil
manifestantes protestaram
pelo aumento de salários e
retorno à democracia.
Finalmente, pela primeira
vez desde a divisão da Península
Coreana, trabalhadores
da Coréia do Norte e
da Coréia do Sul realizaram
a sua primeira manifestação
conjunta.