Contra os trabalhadores: OAB São Paulo apóia emenda 3 e centrais criticam.

A CUT e outras seis centrais
sindicais criticaram o lançamento
da campanha Fiscal
não é juiz pela seção paulista
da Ordem dos Advogados
do Brasil (OAB). A iniciativa
que defende a emenda 3 recebeu
apoio imediato das
principais entidades patronais
de São São Paulo, como
a Fiesp (federação das indústrias),
a Fecomércio (federação
do comércio) e a ACSP
(associação comercial), entre
outras.

A emenda 3 foi aprovada
pelo Congresso e depois
vetada pelo presidente Lula
porque tira inúmeros direitos
adquiridos pelos trabalhadores
em benefício dos patrões.
Por isso, a Fiesp e outras associações
empresariais apóiam
a campanha da OAB-SP.

Como o veto ainda será votado pelo Congresso, trabalhadores
de todo o Brasil
realizam forte pressão junto
a deputados e senadores para
que ele seja mantido. Os atos
no último dia 10 foram em
defesa da manutenção do
veto. Novas manifestações
nesse sentido serão realizadas.

Walter Cardoso Henrique,
diretor da OAB, afirma
que a emenda 3 não tira conquistas
garantidas pela CLT.
O presidente da CUT São
Paulo, Edilson de Paula, considera
a campanha da OAB
uma irresponsabilidade. O
que deixou o dirigente mais
irritado foram as declarações
do presidente da Ordem em
São Paulo, Luiz DUrso, de
que a OAB representa a sociedade.

“De que sociedade ele
está falando?”, pergunta Edilson.
“A sociedade que ele fala
deixa de fora os trabalhadores”,
prossegue. “Todo o movimento
sindical critica a
emenda 3 e não é possível que
todo o movimento sindical
esteja errado”, conclui o presidente
da CUT-SP.

A Associação Nacional
de Magistrados da Justiça do
Trabalho (Anamatra) também
critica a OAB-SP. Em
depoimento no Senado, o
presidente da entidade, José
Nilton Padelot, deixou clara
a defesa do veto. “Se o veto
for derrubado, haverá todo o
tipo de pressão dos empresários
sobre os trabalhadores
para que as empresas fujam
do pagamento de direitos”,
denunciou.