Pesquisa DIEESE: Desemprego cai em seis regiões metropolitanas
A taxa de desemprego
em seis regiões metropolitanas
– Belo Horizonte, Distrito
Federal, Porto Alegre, Recife,
Salvador e São Paulo –
caiu nos últimos 12 meses, segundo
pesquisa do Dieese e
Fundação Seade divulgada
ontem.
Em abril, a taxa ficou em
16,9% contra 18% de abril
do ano passado. Ainda assim,
o contingente de desempregados
nessas seis regiões metropolitanas
segue alto, com 3,2
milhões de trabalhadores.
O principal motivo para
a melhora anual decorreu do
aumento na oferta de trabalho.
Foram gerados 415 mil
postos nas regiões pesquisadas.
O número absorveu as
254 mil pessoas que entraram
no mercado de trabalho no período.
Os setores que mais geraram
empregos ao longo do
último ano foram o comércio,
com aumento de 7,9%, serviços
(3,4%) e construção civil
(1%). Na indústria, houve
redução de 1,3%.
Dólar em queda – O aumento do imposto
de importação para têxteis e
calçados, de 20% para 35%
ajudou a impedir que a taxa
de desemprego fosse ainda
maior no mês de abril, segundo
economista da Fundação
Seade, Alexandre Loloian.
De acordo com ele, o desemprego
nos setores têxtil,
calçadista e moveleiro já vinham
ocorrendo. “Se por um
lado, os setores que dependem
de produtos importados,
como o de eletroeletrônicos,
conseguem reduzir custos e
vender produtos mais baratos,
os setores que dependem
de mão de obra perdem com
a queda do dólar”, avalia.
São Paulo – Mais da metade do total
de desempregados está na
região metropolitana de São
Paulo, onde a taxa de desemprego
aumentou 2,5% de
março para abril. O total de
desempregados na região é de
1,646 milhão.
Renda –
De fevereiro para março,
o rendimento real médio
dos trabalhadores ocupados
subiu 6,2% e chegou a R$
1.036,00 mensais. Os dados
da renda são defasados em
um mês em relação aos de
emprego.