Metalúrgicos querem data-base nacional
Congresso da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT) volta a debater campanha única para organizar uma luta articulada e com os mesmos objetivos. Ele será realizado semana que vem em Guarulhos e vai reunir metalúrgicos de 96 sindicatos, que representam um milhão de trabalhadores.
Desenvolvimento, emprego e renda em debate
Implantação do contrato
coletivo nacional de trabalho,
ampliação dos direitos previdenciários
e redução da jornada
de trabalho sem redução
dos salários serão os principais
assuntos em discussão no 7º
Congresso da Confederação
Nacional dos Metalúrgicos da
CUT (CNM-CUT), que acontece
de terça a sexta-feira
da próxima semana, em Guarulhos.
O presidente Lula estará
na abertura, às 19h.
Realizado a cada três
anos, o encontro terá como
tema Desenvolvimento, Emprego,
Renda e Soberania Nacional,
que estará em debate
pelos mais de 400 delegados
de 96 sindicatos metalúrgicos
filiados à CNM-CUT em
todo o País, representando um
milhão de trabalhadores dos setores
automotivo, eletro-eletrônico,
bens de capital, siderúrgico,
alumínio, naval e aeroespacial.
O evento também reunirá
40 delegados do Canadá,
Suécia, Alemanha, Itália,
França e EUA, que realizarão
um encontro internacional do
ramo metalúrgico. Também
acontecerá durante o congresso
a 1ª Conferência das Mulheres
Metalúrgicas da CUT.
Ainda no encontro serão lançadas
as pesquisas Perfil do
Ramo Metalúrgico no Brasil e
Do Salário às Compras, elaboradas
pelo Dieese.
No encerramento, será
eleita a direção da CNMCUT
para 2007/2010, além
de aprovar uma plataforma
de propostas e um plano de
lutas que será implementado
nos próximos três anos.
Busca da unidade dos metalúrgicos do Brasil
O presidente da CNM-CUT, Carlos
Alberto Grana, destacou ontem que
metalúrgicos de vários Estados do Brasil realizaram
encontros para chegar ao Congresso
com propostas para definir
uma data-base nacional para a categoria.
“Esse ponto é fundamental
para fazermos a campanha
nacional unificada”, frisou Grana.
Ele explicou que unidade
não significa as mesmas lutas, mesa
única de negociação ou pautas iguais em
todos os lugares. Significa os metalúrgicos
desenvolverem uma luta integrada e articulada
para obter os mesmos avanços e conquistas
para todos.
“Tem gente na categoria executando
serviço igual mas recebendo três vezes menos.
Não existe justificativa para essa diferença,
pois o custo de vida é praticamente
idêntico em todo o País”, afirmou
Grana.
Ele entende que, dessa forma,
os metalúrgicos ficarão mais unidos
para defender seus direitos. “Nos
Estados Unidos, os companheiros
aceitaram abrir mão de direitos com
a promessa de que os postos de trabalho
seriam mantidos”, contou o presidente
da CNM-CUT.
“Só que 200 mil metalúrgicos perderam
seus empregos nos últimos anos nos
EUA”, disse.