Serra exclui trabalhador na discussão do mínimo paulista
O salário mínimo de
São Paulo começa a valer
em agosto, mas não tem
uma política definitiva de
reajuste, ao contrário do
piso nacional.
Essa é uma das críticas
da CUT à lei que institui
o piso paulista, sacionada
ontem pelo governador
Serra. Outro furo foi deixar
de fora o funcionalismo público
da abrangência da lei.
Para Edilson de Paula,
presidente da CUT-São Paulo,
esses problemas são resultado
da exclusão dos trabalhadores
na definição do piso
estadual. “Os deputados estaduais
da base governista e o
governo Serra não atenderam
nenhuma reivindicação dos trabalhadores”
protestou Edilson.
Sem política de reajuste,
ele lembra que em São Paulo
pode se repetir a mesma desvalorização
ocorrida no Rio
de Janeiro. Implantado com
grande alarde no governo
Garotinho em janeiro de
2001, lá o mínimo estadual
era 31% maior que o mínimo
nacional (R$ 220,00 contra
R$ 151,00). Hoje, a relação
é de 6% (R$ 404,00 contra
R$ 380,00).
Segundo Flávio de Souza
Gomes, diretor do Sindicato
dos Trabalhadores na
Saúde, há servidores no
setor com o salário base
de R$ 85,00 que, com as
gratificações, chega a R$
860,00. “Por aí, a gente vê
que o piso paulista é uma
demagogia do governo
Serra”, disse.
Valores
A partir de agosto os pisos paulistas serão:
R$ 410,00 para domésticos, serventes, rurais, ascensoristas, motoboys, entre outros.
R$ 450,00 para operadores de máquinas agrícolas, cabelereiros, cobrador de ônibus e outros.
R$ 490,00 para administradores, trabalhadores de serviços de saúde, supervisores de compras e de vendas etc.