Doendo no bolso
Doendo no bolso
O FAP – Fator Acidentário Previdenciário é
o novo sistema de contribuição para o seguro sobre acidentes e doenças
de trabalho. Ele está em
vigor desde 1º de junho e
leva em conta a sinistralidade, ou seja, a quantidade de acidentes e doenças registradas pela CAT, e
a quantidad e e o tempo dos
afastamentos em benefício
concedidos pelo INSS.
A partir de setembro,
o FAP terá como base de
cálculo o desempenho
das empresas até dezembro de 2006. Passarão a
fazer parte desse cálculo
benefícios concedidos
como doença comum por
falta de emissão de CAT,
os casos descaracterizados pela perícia e os registros de CAT sem afastamento.
Um novo olhar
Em pouco tempo essa
mudança levará as empresas a refletirem um
pouco mais nas vantagens de investir na saúde
dos trabalhadores, em
processos de trabalho
mais seguros, em gestão
menos estressante e em
um meio ambiente de trabalho mais saudável.
Só isso irá, de fato,
reduzir os custos com o
SAT, os custos com multas
e com os processos de indenização movidos pela
Previdência Social.
Melhorar é mais barato
Em vez de esconder
acidentes e negar o nexo
das doenças com o trabalho, será muito mais barato incentivar a identificação dos riscos e os primeiros sinais de adoecimento.
Corrigir rapidamente as
situações e os postos de
trabalho com problemas,
implantar proteções coletivas e investir num ambiente de trabalho de boa
qualidade será o caminho
para reduzir custos.
Talvez agora as empresas entendam que será
uma grande burrice esconder doenças e acidentes no trabalho e depois ter
que se responsabilizar pelo
custo financeiro, civil e trabalhista das sequelas.