Campanha Salarial: Trabalhadores querem prioridade no social
Novos direitos sociais e
a evolução das cláusulas que
já existem na convenção coletiva
são prioridade
na estratégia
da Federação
Estadual dos
Metalúrgicos
das CUT (FEMCUT)
nas negociações
da campanha
salarial.
O recado
vai diretamente
ao Grupo 9, cuja
bancada negociadora repete
a mesma tática da enrolação
de campanhas anteriores.
“Os patrões esperam
chegar aos 45 minutos do
segundo tempo, quando
estamos com a campanha
quase resolvida nos outros
setores, fazem uma proposta
salarial e renovam o que já
temos. Tudo isso para deixar
as cláusulas sociais para depois,
para uma
comissão ir negociando,
mas
nada muda”,
constata o diretor
do Sindicato
José Paulo Nogueira,
o Zé Paulo, que acompanha
as negociações.
Foi isso que
a bancada dos trabalhadores
viu na última rodada diante
da pouca vontade do setor
em debater a pauta.
“Só depois de concluído
o debate social é que discutiremos
salário”, afirma Zé Paulo. “Nossa estratégia é não
entrar no debate econômico
antes de discutir as cláusulas
sociais porque queremos
evoluir no direitos”, esclarece
o dirigente.
Contra pauta – Ele alerta que a tática
dos patrões é tão repetitiva,
que eles voltaram a ameaçar
a cláusula de estabilidade ao
portador de doença profissional.
“São por estes motivos
que temos de fortalecer a
mobilização”, destaca Zé Paulo.
Para ele o momento econômico
é o melhor possível para
negociações tranquilas porque
produção e vendas estão em
alta, porém a choradeira é a
mesma. “Pelo jeito será difícil
um acordo com aumento real
e novos direitos sem luta”,
alerta Zé Paulo.