Magneti Marelli: Palavra não cumprida gera acidente
O atropelamento de
uma companheira na última
quarta-feira em frente à portaria
da Magneti Marelli, de
São Bernardo, deixou os trabalhadores
indignados.
Ao descer no meio da
rua, ela foi atingida por uma
kombi que passava ao lado
do ônibus e ficou quatro dias
afastada devido aos ferimentos.
Há um acordo verbal
com a fábrica pelo qual em
dias de chuva os ônibus podem
entrar no pátio, já que a
rua fica toda alagada.
Mas na manhã de quarta-
feira, quando chovia forte,
a empresa não permitiu a
entrada dos ônibus. Eles estacionaram
no meio de rua
para evitar que os trabalhadores
descessem no meio fio
alagado, onde a água estava
na altura dos joelhos.
Riscos – Não foi essa a primeira
vez que o trabalhador viu sua
vida colocada em risco na
Magneti. Devido a alta velocidade
das empilhadeiras
nas ruas internas, um companheiro
foi recentemente
atingido pela caçamba que
ela carregava, causando o seu
afastamento. Noutra situação,
se dois companheiros
não tivessem pulado seriam
atingidos em cheio.
Esses problemas ocorrem
devido ao intenso ritmo
de produção, o que piora as
condições de trabalho. A
CIPA e o Comitê Sindical
protestaram contra a insegurança
e a proibição de entrada
dos ônibus. Lembram
que a empresa tem obrigação
de oferecer condições
seguras e que se as reivindicações
fossem atendidas essas
situações não existiriam.