Campanha Salarial: Montadoras apresentam pauta

A eliminação de direitos sociais da convenção coletiva foi reivindicada pelas montadoras durante rodada de negociação da campanha salarial.

Mal começaram as negociações
da Campanha Salarial
entre representantes da
FEM-CUT (Federação Estadual
dos Metalúrgicos da
CUT) e da Anfavea (sindicato
das montadoras) e os patrões
já tentaram avançar sobre
direitos dos trabalhadores.

Na última segunda-feira,
na segunda rodada de discussões,
os patrões quiseram
tirar da Convenção Coletiva
cláusulas sociais como garantia
de emprego à gestante,
demissão imotivada e fornecimento
de uniformes e roupas
de trabalho.

A Federação imediatamente
rejeitou. “Estes direitos
são preventivos e, portanto,
devem constar da convenção”,
explicou Valmir
Marques, o Biro-Biro, presidente
da FEM-CUT. As negociações
continuam sexta-feira.

Nova rodada – Biro-Biro comentou que,
apesar disto, a negociação
com a bancada patronal caminha
bem e continuarão a
luta para melhorar as cláusulas
sociais em vigor e incluir
novos direitos sociais e econômicos
na Convenção dos
metalúrgicos.

A FEM-CUT, que comanda
as negociações, possui
14 sindicatos filiados, representando
250 mil metalúrgicos. A pauta deste ano possui
94 itens, sendo 29 direitos
novos, como o combate
à discriminação racial, ao assédio
moral, garantia de emprego
para o trabalhador
com deficiência e estabilidade
para a trabalhadora que
sofreu aborto.

Produção bate novo recorde

A política econômica
desenvolvida pelo governo
federal permitiu aos fabricantes
de veículos automotores
baterem novamente
seu recorde de produção
no País. Entre janeiro
e julho deste ano, foram
montados 1,6 milhão de unidades, 8% a mais que no
primeiro semestre de 2006.

A produção em julho
também superou sua marca
histórica para o mês, com a
fabricação de 268 mil veículos.
O número é 20% superior
a julho do ano passado. O
próprio presidente da
Anfavea, Jackson Schneider,
reconheceu que os excelentes
resultados são fruto da
queda da taxa de juros, do
alongamento dos prazos de
financiamento e do aumento
da confiança do consumidor
com a política econômica.