Amamentação é um direito da criança
Mamada na primeira hora de vida diminui mortes dos recém nascidos e protege a mãe
A Semana Mundial de Amamentação
aconteceu de 1 a 7 de
agosto em 120 países para incentivar
as mães a amamentar seus filhos
já na primeira hora de vida.
Essa prática reduz a mortalidade
dos recém-nascidos. A primeira mamada
é a primeira imunização, já que o
colostro, que é o leite ainda em formação,
é rico em anticorpos e protege o
bebê contra infecções, a principal causa
da morte dos recém-nascidos.
A mulher também se beneficia,
pois as mamadas estimulam a liberação
de hormônios que previnem
hemorragias decorrentes do parto.
O ideal é que o bebê seja colocado
junto à mãe logo ao nascer. Os
bebês que chegam ao peito da mãe
mais de seis horas depois do parto
têm duas vezes mais chances de sofrerem
desmame precoce.
Um dos problemas a serem
contornados é mudar o comportamento
das equipes de saúde, que ainda
insistem em separar mãe e bebê
logo depois do parto.
Licença maior – A Organização Mundial de Saúde
recomenda que os bebês devem
receber leite materno pelo menos
até os dois anos. Nos primeiros seis
meses o leite deve ser o único alimento,
pois tem todos os nutrientes
que o bebê necessita.
De olho em garantir esse tempo
à criança, tramita no Senado projeto
de lei que aumenta a licença maternidade
de quatro para seis meses, mudança
defendida pela Sociedade Brasileira
de Pediatria. Estudo realizado
pelo Ministério da Saúde mostrou
que, no Brasil, por vaidade ou falta de
orientação, a maioria dos bebês mama
cerca de um mês apenas.