CUT em Brasília: 20 mil saem às ruas por mais direitos
Cerca de 20 mil trabalhadores
participaram ontem,
em Brasília, do Dia Nacional
de Mobilização, começando
com caminhada pela
Esplanada dos Ministérios. Na
série de atos aconteceram audiências
com ministros e parlamentares
para entrega de
pautas de reivindicações e pedir
a abertura de negociação.
Duas delas são a ratificação
da convenção 158 da Organização
Internacional do
Trabalho para acabar com as
demissões sem motivos e a
manutenção do veto de Lula
à emenda 3, que permite a
precarização de direitos.
Outras reivindicações
são a redução da jornada de
trabalho, reforma agrária e
inclusão na Previdência dos
trabalhadores atualmente
sem cobertura.
As atividades começaram
pela manhã e, ao final,
os participantes, de mãos
dadas, deram um abraço
simbólico no Congresso.
“Não foi um abraço,
mas sim um aperto dos trabalhadores,
que querem ver
atendidas reivindicações tão
importantes”, disse o presidente
do Sindicato, José
Lopez Feijóo.
Ele comentou que, com
esta mobilização, a CUT inicia
uma jornada para avançar
na luta e ampliar os direitos
dos trabalhadores.
Para Feijóo, o fato da
CUT sair às ruas significa um diferencial importante junto
ao Congresso e aos setores
do governo federal.
“Estas ações são extremamente
positivas e mostram
que não vamos descansar enquanto não virmos nossas
reivindicações atendidas”,
avisou ele.
Metalúrgicos fazem
assembléia nacional
Além da mobilização
de ontem, cerca de 2.000
metalúrgicos de todo o
País participaram desde o
início da semana de atos
exigindo o atendimento de
várias reivindicações, entre
elas a implantação do contrato
coletivo nacional de
trabalho.
Esse pessoal se reuniu em assembléia nacional na
noite de terça-feira, em tenda
armada na Esplanada dos
Ministérios.
“Foi uma assembléia histórica,
a primeira reunindo
metalúrgicos de todo o
País”, disse Feijóo.
Uma das decisões foi
programar para o dia 18 de
setembro a realização de um
dia nacional de luta, com
greves e paralisações de trabalhadores
nas empresas
metalúrgicas.
“Já que os patrões resistem
a um debate sério
sobre o contrato nacional,
vamos mostrar para eles
que os metalúrgicos têm disposição
de luta para conquistá-lo”, lembrou ele.