Campanha Salarial: Prazo dos patrões é dia 5
Negociações concluídas até dia 5, aumento real decente e fim do teto salarial para aplicação de reajuste foram reafirmados pelos metalúrgicos na reunião de ontem
Os metalúrgicos querem discutir e
votar uma proposta na semana que vem.
Reunião de mobilização ontem, na Sede
do Sindicato, definiu quarta-feira da semana
que vem, dia 5 de setembro, como
prazo final para a conclusão das negociações
com todos os grupos.
A reunião aprovou também a realização
de assembléia decisiva no dia
8, para aprovar as propostas existentes
ou iniciar paralisações em busca de
um acordo melhor.
Por isso, os próximos dias serão
decisivos na campanha salarial. A palavra
de ordem é aumentar a mobilização
em todos os locais de trabalho
e pressionar as empresas. As negociações
sobre cláusulas sociais estão quase
terminadas, com avanços para a categoria.
“As empresas tiveram um crescimento
significativo neste ano e não
têm motivos para continuar enrolando”
salientou Rafael Marques, secretário-
geral do Sindicato. “Por isso a mobilização
deve ser total para confirmar
a inclusão de novos direitos sociais e
um aumento real decente”, concluiu o
dirigente.
G. 3 concorda com licença em caso de violência doméstica
Depois das montadoras,
a bancada patronal do grupo
3 (autopeças, forjarias e
parafusos) sinalizou com o
compromisso de garantir
novos direitos sociais para as
trabalhadoras metalúrgicas.
Durante rodada de negociação
na tarde de terça-feira,
o grupo concordou em incluir
uma cláusula de licença
remunerada de 30 dias para a
trabalhadora que está em situaão
de violência doméstica.
Se confirmado, o direito
será inédito e dentro do
conceito de proteção da Lei
Maria da Penha, que assegura
estabilidade no emprego
durante seis meses à mulher
vítima de violência.
“A novidade é que as
trabalhadoras nos setores receberão
o salário normalmente
e não sofrerão descontos
caso necessitem faltar
ao trabalho durante o período
de um mês”, explicou
Valmir Marques, o Biro Biro,
presidente da Federação Estadual
dos Metalúrgicos da
CUT (FEM-CUT).
Para Michele Vieira,
da Comissão de Metalúrgicas
do ABC, as empresas
do grupo podem dar um
bom exemplo de responsabilidade
social. “Esperamos
avançar em mais direitos sociais,
como o aumento da idade
da criança no auxílio-creche
e a ampliação do período
de amamentação”, frisou.
Mais direitos – Ainda sobre direitos sociais,
as negociações prosseguem
sobre assédio moral e
sexual, contratação de jovens
e de trabalhadores acima de
40 anos, proibição das empresas
contratarem mão-deobra
infantil e de manter ambientes
de trabalho degradantes.
A FEM-CUT reivindicou
também a criação de um
Fundo de Formação Profissional
e condições de acessibilidade
para trabalhadores
com deficiência.
Calendário de negociações
Hoje – grupo 9 e fundição
Amanhã – grupo 9 e montadoras
Terça-feira – fundição
Quarta-feira – grupo 3