Com arrecadação recorde, Sesi não precisa cobrar mensalidades
Sistema S terá arrecadação recorde de R$ 11 bilhões
O Sistema S, que reúne
entidades como Sesi, Senai
e Senac, vai encerrar o
ano com uma arrecadação
recorde de R$ 11 bilhões,
com alta de 10% em relação
ao ano passado.
Esse aumento se deve à
expansão dos postos de trabalho
e ao aumento da arrecadação
sobre a folha de
pagamento.
O sistema inclui nove entidades
ligadas à indústria, comércio,
agricultura, transporte
e micro e pequenas empresas.
A Constituição garante
a essas entidades receita das
contribuições dos trabalhadores
sobre a folha de pagamento.
O ministro Marcos Bemquerer, do Tribunal de Contas
da União, disse que existe
um grande problema nessa
questão, já que os recursos
são públicos e as entidades
beneficiadas são particulares.
Em muitas situações, o
prédio onde funciona uma
unidade do Sesi é o mesmo
da federação da indústria
daquela cidade.
“Isso significa que o dinheiro
público acaba bancando
telefone, prédio e
instalações de uma entidade
particular”, comentou ele.
O ministro disse ainda
da dificuldade de apurar o
caminho desse dinheiro, já
que a maior parte é repassada
diretamente pelas empresas
às entidades, sem passar
pelo caixa da Previdência.
“É uma caixa-preta, pois
as informações que temos
sobre essa arrecadação vêm
das próprias entidades”, afirmou
Bemquerer.
“Estamos corretos contra
a cobrança de mensalidades”
“O recorde de arrecadação
do Sistema S
mostra que o Sindicato
está correto
na tese de que
o Sesi não deve
cobrar mensalidade
nas suas escolas”,
disse o secretário-
geral do
Sindicato, Rafael
Marques.
Ele comentou que o sistema
é superavitário e
que, somente neste
ano, a arrecadação
vai aumentar em
R$ 1 bilhão.
Ministro – Rafael Marques
avisou que o Sindicato
vai continuar
mobilizado. “Vamos
voltar a conversar com o
Sesi paulista para ele recuar
na sua política de mensalidades”.
Rafael disse que o Sindicato
vai marcar antes
uma audiência com o ministro
Bemquerer.
“Queremos debater com
ele essa falta de transparência
com o dinheiro público”,
concluiu.