História: O outro terror do 11 de setembro
O mundo se volta hoje
para lembrar os seis anos
dos ataques às torres gêmeas
em Nova Iorque, mas pouco
dirá em relação a um dos
maiores atos de terrorismo
no mundo: o golpe militar
no Chile que, em 11 de setembro
de 1973, derrubou
Salvador Allende, presidente
socialista democraticamente
eleito pelo povo. Vale
lembrar que o golpe comandado
pelo general Augusto
Pinochet teve o apoio irrestrito
dos Estados Unidos.
Contrários ao governo
socialista, os norte americanos
comandaram uma política
de desestabilização do
governo Allende que deteriorou
a economia e dividiu
o Chile entre pobres e a
classe média. Os EUA chegaram
a patrocinar uma greve
de caminhoneiros que desabasteceu
cidades e criou o
clima para o golpe.
Em 11 de setembro tanques
cercaram a capital Santiago
e bombardearam o palácio
do governo e mataram
Allende. Milhares foram presos,
desapareceram ou morreram.
O Estádio Nacional,
o mesmo em que o Brasil
foi bi-campeão mundial
em 1962, foi transformado
em campo de concentração,
prisão e centro de torturas.
O terror tomou conta do
Chile, que permaneceu sob
a sangrenta ditadura Pinochet
até 1992.